A sala de espera do pronto-socorro da Santa Casa de Ourinhos (SP) ficou cheia de pacientes durante toda a segunda-feira (3). Mais de 300 atendimentos foram realizados. Como um dos médicos plantonistas precisou se ausentar por motivos de saúde, quem tentou se consultar com um clínico geral teve que ter muita paciência.

Maria Chichini, aposentada de 70 anos de idade chegou ao local se queixando de dificuldade para respirar. Ela ficou cerca de três horas aguardando por atendimento, que segundo o estatuto do idoso, deveria ser prioritário no caso dela.

O irmão de Ednalva Rosa de Oliveira também sofreu com os atrasos, ele está em uma cadeira de rodas e há poucos dias teve um principio de infarto. Ele se sentiu mal novamente e voltou ao hospital nesta segunda. O paciente teve que esperar quase quatro horas para passar pelo médico.

“Meu irmão teve começo de infarto. Levei no posto deram encaminhamento e até agora. O dia inteiro e nada, ninguém colocou a mão nele. A gente paga imposto para nada e tem muito mais pessoas na mesma situação”, afirma Ednalva.

O caso de Aparecida de Jesus, dona de casa, é o mesmo. Ela tem bronquite e dor no peito. “Cheguei depois do almoço. As pessoas que foram embora dizem que só tem um médico que atende emergência” conta.

Em agosto o hospital também passou por problemas. Faltavam pediatras para o atendimento infantil. Na época, boletins de ocorrência foram registrados por alguns usuários.

Por telefone, a direção da Santa Casa de Ourinhos reconheceu o atraso nos atendimentos. Isso aconteceu porque apenas um médico ficou responsável pelos atendimentos clínicos do pronto-socorro do hospital. A prioridade são os casos de urgência e emergência. Esses atendimentos estão sendo feitos normalmente.

Fonte: G1